O pequeno príncipe foi rever as rosas:
- Vós sois iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda os cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é a única no mundo.
Assim o teu aluno, no primeiro dia de aula, é igual a todos os outros alunos, ninguém o cativou e ele não cativou ninguém. Eram como a raposa do pequeno príncipe, igual a cem mil outras. Mas, tu o tornaste teu aluno. Agora é único no mundo.
E, as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias- continuou ele.
- Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela é sozinha, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas. Foi ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.
Assim o teu aluno é único, porém o mais importante, pois foi ele quem incentivaste, foi ele quem elogiaste, foi ele quem desafiaste, foi nele que acreditaste, já que ele era teu aluno.
Eis o meu segredo.
- É simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
Assim professor, a tua missão também pode ser invisível aos olhos, mas essencial.
- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que a fez tão importante.
Foi o tempo que perdeste com teu aluno que o fez tão importante.
- Os homens esquecem essa verdade. Mas, tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
Os homens esquecem essa verdade. Mas, tu não deves esquecer. Tu te tornas responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pelo teu aluno...
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