Às vezes torço pra que as férias cheguem novamente...Férias, escola, escola, férias.
Como é difícil quando o aluno sai um pouquinho daquele dito "aluno tradicional".
Meu filho mais velho (8 anos) questiona muito o porque de qualquer aprendizado, quer saber a utilidade do conteúdo na prática. Ama aprender, mas com objetivo. O que o torna muito mais esperto e inteligente do que eu na minha época. Quando me dei conta estáva terminando o segundo grau sem nunca ter questionado absolutamente nada. Era uma obrigação e ponto final.
Mas, essas crianças acabam dando um pouco mais de trabalho...Ao mesmo tempo em que é fascinante vê-los aprender de fato.
Na semana passada li um artigo da Claudia Visoni, colunista da Pais & Filhos, onde dá sua opinião sobre algo semelhante ao que estou falando. Opinião que ( posso estar errada ou podemos estar erradas) concordo. Aí vão alguns trechos...
"Acredito que ir à escola seja uma das experiências mais fascinantes da vida. A criança sai do casulo familiar e encontra um ambiente que funciona sob outras regras e onde amplia seus horizontes a cada minuto, convivendo com muitas outras crianças o tempo todo. Sempre gostei de estudar e fui boa aluna (embora um pouco rebelde). Então não vou detonar o mundo pedagógico nesse artigo, ok?"
"Ao conversar outro dia com uma adolescente do Ensino Médio, angustiada com a trigonometria, terrores antigos ressuscitaram dentro de mim. Engenheiros que me desculpem, pois isso deve servir para alguma coisa, mas achei crueldade continuarem a apresentar esse assunto exatamente como se fazia no século passado: de forma totalmente descontextualizada e baseada na decoreba. Sobretudo para pessoas com cabeça de humanas, como é o meu caso e também o da minha jovem interlocutora. Para a turma dos números, análise sintática e interpretação de poesias simbolistas provavelmente causam semelhante desgosto."
"Por outro lado, gostaria de saber mais sobre plantas, animais, saúde, sustentabilidade, antropologia e psicologia, culinária e de como consertar coisas. Quando aconteceu o tsunami, uma menina dinamarquesa salvou várias pessoas porque tinha ouvido na escola que, quando a maré recua muito e rápido, dali a alguns minutos vem a onda assassina. Isso, sim, é uma lição que todo ser humano deveria receber! Assim como o aviso de que construir casas nas encostas íngremes da Serra do Mar tem risco..."
"Felizmente, há sinais de mudança no ar. Em Bali, a Green School (www.greenshoool.org) mistura conteúdos teóricos e vivências práticas necessárias para a construção de uma sociedade sustentável."
"Em vez de educar para o sucesso - conceito que significa êxito para alguns e fracasso para outros -, nossa sociedade deveria preparar melhor as próximas gerações para a vida."
Fonte: Revista Pais & Filhos.