Bom, falando em sentinela com amor...O que será que acontece com jovens que quando chegam na adolescência se acham no direito de agir de forma violenta e gratuita contra a sociedade??? Provavelmete sempre deram indicios...desde a infância. Alguém em algum momento permitiu que se sentissem tão a vontade a ponto de acharem que podem e têm o direito de ferir, machucar e agredir outra pessoa.
Pensando nisso, acabei encontrando o relato de uma mãe que perdeu seu filho de forma brutal...Faz 25 anos amanhã. Segundo a mãe, a dor nunca passou. E eu, hoje como mãe, acredito.
Na época eu tinha meus 11 ou 12 anos...Lembro da minha mãe falando: "Viu, não pode sair sozinha, é um perigo...Olha o que aconteceu com o rapaz...".
O "Caso Alex Thomas" repercutiu muito no sul do país.
Três adolescentes voltavam para casa, entre eles, Alex( com 16 anos), caminhavam pela Avenida Paraguassu, em Atlântida, quando um grupo de sete rapazes passaram em dois veículos, gritando palavras obscenas para a menina. De acordo com os relatos do processo, os gritos foram respondidos com um gesto pelos acompanhantes da menina. Irritados, os ocupantes dos dois automóveis desceram e cercaram o garoto.
Alex sofreu traumatismo craniano e colapso pulmonar ao ser violentamente espancado e faleceu logo em seguida. Interrogados após o assassinato, os membros da gang confessaram ser adeptos das artes marciais e de terem usado táticas e golpes para matar Alex.
A morte de Alex Thomas causou revolta em todas as camadas sociais do Rio Grande do Sul, primeiro pela violência pela qual o jovem foi morto, mas também pela covardia e perfil dos criminosos envolvidos.
“Passei três dias chorando em casa, sem tomar banho, sem comer quase nada.”
“Essa dor não se supera nunca. Com o tempo, a dor ameniza. A solidariedade ajuda, mas nada faz esquecer. A gente não pode se martirizar e não se consegue mudar as coisas.”
“Nada traz o filho de volta. Com essa data, as dores vieram de novo. A gente sabe que não é a única que vive esse sofrimento de perder um filho. E cada pessoa tem o seu tempo de luto. Eu sempre terei dois filhos. Só que um não está mais comigo.”
Perder o filho é a maior dor do mundo.
É um sentimento que não tem palavras para descrever.
É uma ferida para sempre: às vezes abre, às vezes, fecha.
Mas ela sempre está ali.”
"25 anos atrás: o mais triste dos nossos verões."
Nersi Thomas (Mãe de Alex).
Por tanto, não tolere a violência, nem quando ela pareça ser um ato inocente.
Fonte dos trechos da entrevista: http://lauramertenpeixoto.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário