terça-feira, 11 de maio de 2010

Educação...

Gosto muito de ler sobre educação. Passei a questionar muito o sistema educacional e os métodos ainda usados. Penso muito também sobre mudanças que poderiam ser feitas e não são. Li um texto da Cybele. Adorei vem de encontro ao que penso. Ia colocar só uma  mostrinha no meu blog, mas não resisti. Vale ler tudo.
"Estamos no século XXI, na era da globalização, são tantos os recursos e a Educação ainda conserva a prova como meio de avaliação do aluno.
Eu, particularmente, há muito tempo que não sou favorável a aplicação de prova como indicador de aprendizagem. No meu ponto de vista ela nunca foi eficaz porque só o fato de o aluno saber que será avaliado o seu emocional já não trabalha como deveria. Dependendo da insegurança da criança, esta avaliação pode ser ainda mais desastrosa e o resultado da prova pode fortalecer ainda mais esta insegurança bloqueando  a aprendizagem.
Isto, sem mencionar que cada avaliação tem um critério dependendo do professor que a corrige. Tem aquele aluno que gosta de escrever e o professor é uma pessoa objetiva, logo ele pode diminuir a nota porque o aluno “encheu linguiça” como se dizia antigamente. O inverso também é verdadeiro. Já ouvi muito professor recriminar o aluno que tem a síntese como característica e o professor o rotula como preguiçoso (preguiça de escrever).
Eu, já naquela época argumentava: “E o raciocínio, não vale nada?” E a minha professora de matemática respondia: “Não. O que vale é o resultado”.
Então vocês podem me perguntar como o aluno deveria ser avaliado?
E eu respondo: Pela sua participação durante todos os dias!
Eu sou favorável à avaliação diária através da lição de casa, da participação em sala de aula, dos questionamentos e interações e assim por diante. Esta interação aluno-professor, professor-aluno, aluno-aluno é fundamental para que a aprendizagem aconteça. A dúvida de um pode ser a dúvida de alguns e mesmo que não seja, uma explicação a mais nunca foi prejudicial.
O professor tem condições de em sala de aula identificar quem tem ou não dúvidas. A realização de um jogo ao final da aula, perguntas no meio da explicação, um debate sobre o assunto em pauta, a troca entre os colegas e tantos outros recursos que levam o aluno a se apropriar do que está sendo tratado é um tipo de avaliação.
Sempre digo que para haver aprendizagem o conteúdo tem que ser significativo. Se o professor trabalha o conteúdo de forma significativa o aluno se apropria deste conteúdo, e uma vez aprendido, não há como esquecer, logo não há necessidade de fazer prova para ver se entendeu.
E, além do mais, a prova não é o melhor momento para se constatar que se está com dúvidas, mesmo porque não poderá sanar a dúvida naquele instante. Por isso, o melhor momento é enquanto o assunto está sendo tratado, pois assim não ficam lacunas que muitas vezes são carregadas pela vida toda."
Cybele Meyer: mãe, educadora, blogueira, pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, e em Docência do Ensino Superior e tutoria em Docência em Ensino a Distância. http://www.maecomfilhos.com.br

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