
No domingo de Páscoa li o texto de Moacyr Scliar, "Pequenas Mortes, pequenas Ressurreições".
Através do texto consegui organizar uma série de pensametos sobre estas datas especiais que trazem rituais pouco questionados por uma maioria de seres. Afinal , é um feriado!
Mas, faço parte de uma minoria de seres, portanto aproveito o feriado para também refletir. E , como no texto, pequenas mortes acontecem e que bom quando também há os renascimentos, pra melhor é claro.
Estes trechos de Scliar resumem bem a ideia.
"A Semana Santa lembra a paixão e a morte de Jesus, mas termina evocando a ressurreição: um final glorioso, o final que gostaríamos que coroasse o roteiro de nossas vidas, assegurando-nos que tudo termina bem. Mas sabemos que isso não é possível. A morte é garantida; a ressurreição, exceto para os crentes, é uma impossibilidade. De qualquer modo, e muito guardadas as proporções, podemos, todos nós crentes ou descrentes pensar em nossas existências como uma sucessão de pequenas mortes, seguidas de pequenas ressurreições. Existem pequenas mortes numa amizade que termina, num empreendimento fracassado, no desaparecimento de uma pessoa querida; e existem pequenas ressurreições quando, e muitas vezes para nossa surpresa, constatamos que, apesar de tudo, a vida continua."
"A gente retorna, portanto. Retornamos mudados? Certamente. Mas é uma mudança complexa, pela qual às vezes nos sentimos melhor, e às vezes nos sentimos pior. É apenas uma pequena ressurreição. Mas para as pequenas criaturas que em geral somos, está mais que bom."

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